Pai
Tenho saudades do teu falar
Tenho saudades do teu aconselhar
E dos momentos que recordo com ternura
Sinto falta da tua presença e opinião
Quando escrevia com a alma e o coração
E me aconselhavas com sabedoria e brandura
Recordo o teu sorriso disfarçado
Quando vivias doente e preocupado
E consciente que a família vivia com inquietação
Agora, sei que é uma estrela no céu a brilhar
E sempre que estou triste e preciso de chorar
Eu tenho um anjo protector que está no meu coração.
ANA SANTOS Vilar de Andorinho
Publicado n' O DESTAK 19 de Março 2009
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São José
Esposo da Virgem Maria e padrasto de Jesus. Ele figura na infância de Jesus conforme a narrativa de Mateus (1-2) e Lucas (1-2) e é descrito com um homem justo. Mateus descreve os pontos de vista de José e Lucas descreve a infancia de Jesus com José.
José é descendente da casa real de David. Noivo de Maria ele foi visitado por um anjo que informou a ele que ela estava com um filho e que o filho era do "Sagrado Espirito". Ele tomou Maria e a levou para Belem e estava presente no nascimento de Jesus. Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes José levou Maria e Jesus para o Egito. Eles só voltaram a Nazaré quando outro anjo, apareceu de novo a José, avisando da morte de Herodes. José devotou sua vida a criar Jesus e estava cuidando da ovelhas e de Maria quando os reis magos chegaram. Defendeu o bom nome de Maria e Jesus Deus o chamava de pai e queria ser conhecido como filho de José. Ele levou Maria e Jesus para visitar o templo e apresentar Jesus a Deus no templo. E juntamente com Maria ficou preocupado quando Jesus teria se perdido no templo, isto quando Jesus tinha 12 anos.
A ultima menção feita a José nas Sagradas Escrituras é quando procura por Jesus no Templo de Jerusalem. Os estudiosos das escrituras acreditam que ele já era um velho e morreu antes da Paixão de Cristo. Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felire de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° seculo. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. São Francisco de Assis e Santa Teresa dAvila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 Papa Leão XIII o elevou a bem próximo da Virgem Maria e o Papa Benedito XV o declarou patrono da jjustiça social. O Papa Pio XII estabeleceu uma segunda festa para São José, a festa de "São José, o trabalhador" em primeiro de maio. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.
De acordo com um antiga lenda, Maria e as outras virgens do Templo receberam ordens para retornar a sua casa e se casarem. Quando a Virgem Maria recusou-se, os anciões oraram por instruções e uma voz no Santuário instruiu a eles a chamarem todos os homens que podiam se casar para a Casa de David e para ele deixarem seus cajados no altar do templo durante a noite. Nada aconteceu. Os anciões então chamaram também os viúvos, entre eles estava José. Quando o cajado de José foi encontrado na manhã seguinte coberto de fores (" as flores no bastão de Jesse") a ele foi dito para tomar a Virgem Maria como esposa e a guardasse para O Senhor. Muitas vezes o cajado florido é mostrado como um bastão de lírios
Outra versão da vida de São José é relatada nos "Atos de São José" que é tido por muitos como sendo apócrifa, mas estudiosos como Origens, Euzébio e São Cipriano fazem referência em suas obras. Nesses "Atos" José teria se casado jovem e só foi prometido a Maria quando já era viúvo. José teria tido, no primeiro casamento, duas filhas e quatro filhos sendo o caçula chamado Tiago, que Jesus considerava como irmão e com ele teria passado sua infancia e parte de sua adolecência. E Maria achou o menor Tiago na casa de seu pai e este estava triste pela perda de sua mãe e Maria o consolou e o criou. Assim Maria é as vezes chamada de mãe de Tiago. Com o passar dos anos o velho José tinha uma idade bem avançada, mas nunca deixou de trabalhar, nunca sua vista falhou e nunca ficava sem rumo, tonto, e como um rapaz ele tinha vigor e suas pernas e braços permaneceram fortes e livres de nenhuma dor. Quando aproximou-se a sua hora um anjo do Senhor veio até ele e disse a ele que estava para morrer e ele levantou-se e foi para Jerusalém orar no santuário e disse: "O Deus autor da consolação, O Senhor da compaixão, ó Senhor de toda a raça humana, Deus de meu corpo e espirito, com súplica eu Vos reverencio e Ó Senhor e meu Deus, se agora meus dias terminam e eu preciso deixar este mundo, peço a Vós que envie o arcanjo Miguel, o príncipe dos Vosso anjos, e deixe ele ficar comigo e leve minha alma deste aflito corpo sem problemas e sem terror. E José foi enterrado pelos seus amigos e parentes sem o odor dos mortos.
Estaria explicado assim a grande polêmica do "irmão" Tiago que Jesus pediu para tomar conta de sua mãe Maria e deu origem a várias discussões sobre a virgindade de Maria.
Desse modo os "Acts of Saint Joseph" teem o seu lado positivo e negativo e tem que se ter cuidado para lê-los assim como os "Acts of Saint Paul".
Sua festa é celebrada no dia 19 de Março.
Cumpre observar que no passado , no mês de março, as cartas terminavam
com SJMJ que significa: Salve Jesus, Maria e José.
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Para outras fotos de São José favor enviar email.
Outras considerações sobre São José:
São José é o santo que intercede por todas as graças que necessitamos, muitas vezes de maneira surpreendente e quase inacreditável.
Os singulares privilégios de São José foram revelados à Serva de Deus, Santa Agueda:
Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra pureza.
Por sua intercessão alcançamos o poderoso auxilio da graça para sair do pecado e voltar a amizade com Deus.
Por seu intermédio alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela.
Por sua intercessão alcançamos a graça de uma boa morte e a especial proteção contra o demônio nesta hora.
Os espíritos malignos estremecem ao ouvir o nome de São José.
Por sua intercessão alcançamos a saúde do corpo e o auxílio nas mais diversas necessidades.
Por sua intercessão as famílias alcançam a bênção da prosperidade.
Nossa Senhora revelou a Santa Agueda:
"Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode sua intercessão junto de Deus. Somente no dia do Juízo os homens conhecerão sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não haverem se aproveitado desse meio tão poderoso e eficaz para sua salvação e alcançar as graças de que necessitavam".
Um bem-haja
Porque é dia do Pai
Ele, "perdeu" o pai, por causa duma daquelas doenças da época e a partir daí, foram insuficientes as vezes que o viu ou com ele conviveu, até este falecer, mas ficaram-lhe para sempre as recordações daqueles sete anos duma vivência simples e própria do mundo rural da década de cinquenta.
Depois, sempre com curtas e “distantes” visitas, ouvia atentamente os conselhos do pai e, após cada despedida, com os olhos húmidos das lágrimas contidas, rememorava tudo o que tinha ouvido naquelas tardes das visitas ao sanatório, visitas no jardim, porque não podia entrar, para evitar os contágios. Todos os seus conselhos lhe atingiam o âmago da sua profunda tristeza, mas que nem num abraço de conforto se poderia refugiar, por mal da doença dele. Dentre os muitos conselhos, um deles “gravou - se -lhe” bem no fundo da sua alma: "Filho, Faz-te Homem, já que eu não posso ajudar-te”.
Atirado bem cedo para a dureza da vida, migrando, José foi “crescendo” e sempre na busca de ser cada vez mais o herdeiro da memória do seu pai, que a doença impediu de realizar uma das tarefas mais sublimes do ser humano, isto é, ser Pai em toda a sua plenitude, mesmo que na partilha da pobreza material, muito característica daquela época.
José, sentia a falta do seu pai, tal como da mãe e dos irmãos, nos bons e nos maus momentos, mas aquele conselho era a sua força interior e a estrela orientadora do seu caminho de solitário, mas sem desvios, em busca duma vida melhor e da sua realização pessoal. Nas dificuldades, não tinha o pai para o ajudar, tal como nas alegrias também não o tinha para com ele as poder partilhar. Nos reveses, cerrava os dentes e aguentava estoicamente e os seus sucessos “festejava-os” sozinho e o seu orgulho interior, pelos seus feitos, quase que lhe rebentavam o peito de alegria e dor em simultâneo. Por vezes e no silêncio da sua vida, dava consigo a chorar e a “falar” com o pai: “Pai, fazes-me tanta falta”. “Custa tanto lutar sozinho, e não te ter ao meu lado para me ajudares, mas também para veres que eu estou a concretizar o teu conselho”. Depois, dizia ainda, para consigo: “Um pai como tu foste, só pode estar num local de onde consegues ver-me e sentirás orgulho neste teu filho a quem tu quiseste transmitir o teu desejo de pai, quando te apercebeste que o teu papel não duraria muito mais tempo”. “Foi essa a única mas a mais importante herança que me deixaste, mas gostaria que estivesses cá, neste mundo, para partilhar contigo os valores e as referências que, mesmo ausente, me foste “transmitindo” durante todos estes anos”.
É verdade que os valores sociais e humanos foram-se alterando e, no nosso país, o 25 de Abril” deu um forte empurrão na mudança daquela sociedade que, apesar de tudo, defendia outros valores e referências e, por isso, muitos pais e filhos de hoje já não pensam como as duas personagens da história atrás. Os pais de hoje, muitos deles “pais faz de conta”, não sabem desempenhar o seu papel e saborear a enorme alegria e realização que é ser pai, mas ser pai na plenitude e durante uma vida inteira. Os filhos, fruto por vezes dessa inabilidade paternal, também eles não sabem ou não querem saborear, igualmente por uma vida inteira, a enorme alegria de ter um pai, porque a melhor herança que poderemos receber dos nossos pais não são os bens materiais, mas sim todo um conjunto de referências, valores humanos, etc., e isso não se deixa num baú mas transmite-se desde o berço, mesmo que seja um berço de palha, através da educação, da formação e do amor que se dá. Contudo, esta troca e esta partilha deve ser feita durante toda a nossa vida e por isso, apetece-me ainda dizer, hoje mesmo e sempre: “Pai, fazes-me falta”, mas também dizer, permanentemente, a cada um dos meus filhos: “Filho, fazes-me falta”. Não devemos, contudo, deixar isto (o fazer e o dizer) para amanhã, porque poderá ser demasiado tarde, para ambos. Estes são gestos de toda uma vida, para que possamos poder fazer o balanço e questionarmo-nos sobre o legado que deixamos aos nossos filhos e que retribuição recebemos deles. Hoje, os perigos e outros males são muitos (a droga, a sida, os divórcios, a violência infantil, a pedofilia, etc.) e “abanam” a família e, como consequência, muitas das crianças e jovens sentirão a mesma tristeza que o José, menino feito homem prematuramente, da história atrás. Também eles poderão ouvir, do pai “ausente”, o mesmo conselho que o José ouvia do seu pai, mas na hora da despedida, das visitas quinzenais, também os seus olhos ficarão húmidos. Contudo e na incompreensão do porquê de não ter o pai junto dele e partilhar com ele a sua vida, estará desejoso que a “visita”, passada num qualquer jardim ou centro comercial, acabe rapidamente, para correr para casa e refugiar-se no quarto, por vezes encharcado de brinquedos e outros presentes, e poder gritar bem alto, sem que o pai o possa ouvir: “Pai, fazes-me tanta falta”. No meio de tantos “mimos” materiais, falta-lhe, contudo, um dos melhores bens, o Pai, e terá, por isso, que aprender sozinho a brincar e a fazer-se homem, se tiver a força e a coragem que o José teve, há muitos anos atrás. Neste dia do pai, que se repete em cada ano, vale a pena pensarmos nisto.
Por: Serafim Marques (Economista)
Um bem haja
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