quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Infausta Ana



Ana! Por que te foste

Desta vida descontente!
Talvez tu já deste
Mais amor que muita gente.

Os teus catorze anos
Não eram pra terminar.
Mas julgaste sofrer danos
Sem ninguém pra te ajudar.

Que Deus te dê o lugar
Que nesta vida almejaste.
Sejas ara de altar
Tão alva como que findaste.

JOSÉ AMARAL V. N. de Gaia


Publicado n' O DESTAK 30 de Outubro 2008



terça-feira, 28 de outubro de 2008

Caminho à deriva










Perdido num turbilhão de pensamentos

Vagueio à deriva na viela obscura da vida
Afogado em demasiados arrependimentos
Suportando uma pesada alma ferida.
E mesmo sem certezas de nada
Sigo em frente rumo ao desconhecido
Caminhando numa sinistra, e tumultuosa estrada
Sozinho, apenas acompanhado comigo...

HUGO NOGUEIRA
Publicado n' O DESTAK 28 de Outubro 2008


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Fosso entre ricos e pobres




O fosso está maior

Entre ricos e pobres;
Para muitos… o pior
Para elites… cheios odres.

Abril! Já não sei quem és.
Porque te esfumaste?
Foste a desgraça dos Zés.
Que Portugal desgraçaste.

Eram bons os teus ideais
Esperançoso o porvir,
Mas por obra dos chacais
Vi a esperança ruir.

Mas nem tudo está perdido
Enterremos esses chacais,
Portugal ofendido
Não quer mais tais animais!


JOSÉ AMARAL V. N. de Gaia


Publicado n' O DESTAK 27 de Outubro 2008



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Crianças











É o primeiro raio da manhã

É música que canta
A esperança do dia de amanhã
O Feitiço que encanta

De ar inocente

De voz tímida que estremece

De ar brincalhão e sorridente
De coração que aquece


Simples sorrir feliz
Ingénuo de coração

Onde ainda perduram lindos sonhos arco-íris

Crianças serão sempre dignas de adoração



FREDERICO PEREIRA Seixal


Publicado n' O DESTAK 24 de Outubro 2008



terça-feira, 21 de outubro de 2008

Coimbra









Douta Coimbra à borda do rio Mondego nasceste,

“Bazófias”, pelas suas poucas águas, a alcunha lhe deste!

Tricanas que na sua água, alva roupa lavaram.

Estudantes, vindos de longe, por elas se apaixonaram.

ZÉ ERNESTO GAIA

Publicado n' O DESTAK 21 de Outubro 2008


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A concorrência




Nota-se

Uma certa concorrência
Doentia
Em alguma gente
Pertencente
À nova geração
Mas quem chefia
Não deve ter cobardia
E ainda vai a tempo

De controlar essa situação
Para que amanhã

Não se venha a ter
Uma geração doente
E sem salvação.

ALEXANDRINA SILVA

Publicado n' O DESTAK 20 de Outubro 2008


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Recordações



Na ilha do farol

Nas férias de Verão
Apanhávamos muito sol
E cantávamos ao serão

Adorava as noites ao luar
Cheirar a areia molhada
Que bom que era passear
E brincar com a “garotada”!


MARIA - Cascais

Publicado n' O DESTAK 17 de Outubro 2008




quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Palas Atena













Descansava das duras lides Palas Atena!

Quando o dia clareou bem cedo...
Ferida fez a Zeus uma súplica serena.
Ajuda-me na luta a vencer o medo


Zé Ernesto - Gaia


Publicado n' O DESTAK 16 de Outubro 2008
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O mar é lindo



Ó mar que és tão lindo

As tuas ondas se agitam
No amor e felicidade
Também elas acreditam.

Sempre que posso ó mar
Vou-te sempre visitar
Com um poema no coração
Para te poder recitar.

Ó mar não sejas cruel
Tem lá bom coração
Pois todos os pescadores
Em ti ganham o seu pão.

Gosto de ti ó mar
Com o teu azul brilhante
Vês no céu um amigo
E a areia a tua amante.


MANUEL PEREIRA Ermesinde

Publicado n' O DESTAK 14 de Outubro 2008


Não deixemos que nos impeçam


Nas escadas,
Que temos que subir
Para chegar ao cimo,
Ao cume
Há degraus que faltam

Que não existem
Que nos dificultam a subida.
Por vezes
Nos desencorajam
Nos demovem
De continuarmos nesse rumo
Nessa epopeia
De subirmos ao topo,
Ao cimo da montanha.
Esses degraus que faltam
Que não existem
Não deixemos que impeçam,
A nossa vontade
A nossa determinação!
De conquistarmos o topo
O tecto
Da nossa felicidade.


MÁRIO MARGARIDE Vila Nova de Gaia

Publicado n' O DESTAK 13 de Outubro 2008


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Última aparição
































Outubro, última aparição,

da Senhora “toda de branco”.
Momento de iluminação,
que cada um seja mais franco!

Milagre do Sol em mensagem,
convite à oração!
Cada qual tenha a coragem,
para rezar como coração!

Que haja Fé e devoção,
na “Ave Maria” rezada!
Que sintamos emoção,
por cada prece orada!

Tenhamos no terço a morada,
trilho para Deus que é bom!
Peçamos à “Mãe amada”,
o perdão como dom!

Rezemos com humildade,
com sentido de verdade!
Alcancemos o perdão
sentindo-o no coração!

Virá o Sol da esperança,
porque temos confiança!
Então a paz desejada,
com a Mãe querida e amada!

Façamos de Fátima um hino,
consagrado a Portugal!
Façamos de Fátima um hino,
renovados de qualquer mal!




JOSÉ C. ALMEIDA Lisboa





Publicado n' O DESTAK 10 de Outubro 2008















terça-feira, 7 de outubro de 2008

O idoso



Todo o mundo
Falado idoso
Mas nada na vida
De um idoso é famoso

É a solidão

É o desprezo de alguns familiares
São a falta de lares
Fracos recursos financeiros

Mas são os primeiros

A serem usados
Em certas propagandas

Que resultam sempre
Em promessas
Com fracos resultados

ALEXANDRINA SILVA
Publicado n' O DESTAK 7 de Outubro 2008


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sinto tristeza




Hoje sinto tristeza
Vontade de chorar
Não tenho a certeza
Se vou acalmar

Olho o sol
Peço boa energia
Oiço um rouxinol
Que canta com alegria

MARIA PINTO Cascais

Publicado n' O DESTAK 6 de Outubro 2008



sexta-feira, 3 de outubro de 2008

PAIXÕES



As paixões emergem de nossas almas sentidas...

Têm poderes inimagináveis de cegar a razão!
Faluas do Tejo na neblina sem vento perdidas.
Procuram ancorar no Cais dos Amores, em vão.

ZÉ ERNESTO GAIA
Publicado n' O DESTAK 3 de Outubro 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dias em que as noites são claras



O luar cai sobre o mar,
Reluzente, os sonhos acordam,
Transportando-nos numa viagem inesquecível,
Apetecível.
Somos tudo, como a infinidade do universo,
Ou o abrilhantar das estrelas.
Somos nada, como a simplicidade e delicadeza
De uma simples folha de Outono, quebradiça.
Mas linda, secreta na sua imutável beleza,
Como noites de luar, romantismo.
Como dias longos aguardando o clarão da noite.
Apenas porque,
O sol e a lua se amam,
Como o homem na sua plenitude de ser vivente.

HUGO JUSTO

Publicado n' O DESTAK 2 de Outubro 2008