Douta Coimbra à borda do rio Mondego nasceste,
“Bazófias”, pelas suas poucas águas, a alcunha lhe deste!
Tricanas que na sua água, alva roupa lavaram.
Estudantes, vindos de longe, por elas se apaixonaram.
ZÉ ERNESTO GAIA
- Publicado n' O DESTAK 21 de Outubro 2008
2 comentários:
O rio Mondego nasce na serra da Estrela, concelho de Manteigas a 1525 m de altitude; à sua nascente chama-se Mondeguinho porque quando nasce é um pequeno fio de água.
Para que o Mondego se transforme no maior que nasce em Portugal precisa das águas dos seus afluentes, na margem direita tem o Dão e na esquerda o Alva, o Ceira e o Arunca.
Entre a nascente e a foz, as águas do Mondego percorrem cerca de 258 quilómetros. As suas margens, entre Coimbra e a Figueira da Foz, são os terrenos mais férteis de Portugal. É nestas terras que se produz mais arroz por hectare, em toda a Europa.
Os romanos chamavam Munda ao rio Mondego. Munda significa transparência, claridade e pureza. Nesses tempos as suas águas eram assim. Ao longo da Idade Média o rio continuou a chamar-se Munda.
Outrora, o leito do rio Mondego era bem mais fundo. Calcula-se que nos últimos seiscentos anos terá subido cerca de um centímetro por ano, ou seja um metro em cada século.
Antigamente, o rio Mondego era navegável. Os barcos (denominados 'barcas serranas') que vinham do Oceano Atlântico iam até Coimbra e os mais pequenos chegavam a ir mesmo até Penacova. No Parque Verde do Mondego e em Lisboa, no Museu de Marinha, encostado ao Planetário de Lisboa próximo do Mosteiro dos Jerónimos, está exposto um barco bastante comprido que navegava entre Coimbra e Penacova. Este barco servia para as mulheres de Penacova virem a Coimbra buscar roupa suja e depois a trazerem lavada e passada a ferro. É o maior rio de Portugal.
Um Bem-haja
Deliciosa a poesia que se tranparece de cada palavras escrita..Entrei de mansinho, pé ante pé, e deixei-me levar pela magia das palavras..Parabéns, não tinha entrado por esta porta..Prometo voltar..Até lá deixo um abraço..
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