terça-feira, 28 de outubro de 2008

Caminho à deriva










Perdido num turbilhão de pensamentos

Vagueio à deriva na viela obscura da vida
Afogado em demasiados arrependimentos
Suportando uma pesada alma ferida.
E mesmo sem certezas de nada
Sigo em frente rumo ao desconhecido
Caminhando numa sinistra, e tumultuosa estrada
Sozinho, apenas acompanhado comigo...

HUGO NOGUEIRA
Publicado n' O DESTAK 28 de Outubro 2008


2 comentários:

José Ramos disse...

Florbela Espanca

Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Muito bem-haja

Escrevendo na Pele disse...

Ai, meu Deus do céu, que coisa mais linda!