sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Constância










Junto das tuas areias e das tuas águas.

Constância, encontro dos rios Zêzere e Tejo!
Camões lá lavou algumas das suas mágoas.
Sonhando, que uma Tágide lhe deu um beijo.



ZÉ ERNESTO V. N. Gaia

Publicado n' O DESTAK 16 de Janeiro 2009

1 comentário:

José Ramos disse...

A História

No encontro do Zêzere com o Tejo nasceu a antiga Punhete, terra cuja História está intimamente ligada aos rios e às actividades que eles proporcionavam: o transporte fluvial, a construção e a reparação naval, a travessia e a pesca.
D. Sebastião elevou-a a vila e criou o Concelho, em 1571, reconhecendo o desenvolvimento que já então alcançara. D. Maria II, em 1836, mudou-lhe o nome para Constância, em atenção à constância que os seus habitantes demonstraram no apoio à causa liberal.
Terra de sedução e de poesia, diz a tradição que acolheu Luís de Camões por algum tempo, e a memória do Épico faz parte da alma da vila.
A chegada do caminho-de-ferro, no século XIX, e do transporte rodoviário, em meados do século XX, a par da construção das barragens, provocaram a decadência das actividades tradicionais e a vila teve de mudar de vida, virando-se para o aproveitamento turístico das suas belezas, do encanto das suas paisagens e da tranquilidade dos seus rios.
Dos tempos antigos guarda a memória dos marítimos e da sua faina, através da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, um dos maiores acontecimentos do seu género em Portugal.
Constância é uma bonita vila, sede de concelho, situada no Centro do País, aninhada entre os bonitos rios Tejo e Zêzere, numa espécie de Península, muitas vezes apelidada de “Vila Poema” por ter sido local de residência do grande poeta Português, Luís de Camões, que nela se terá inspirado para algumas das suas obras.

16/1/2009

Constância é uma bonita vila, sede de concelho, situada no Centro do País, aninhada entre os bonitos rios Tejo e Zêzere, numa espécie de Península, muitas vezes apelidada de “Vila Poema” por ter sido local de residência do grande poeta Português, Luís de Camões, que nela se terá inspirado para algumas das suas obras.
Constância ergue-se orgulhosa de branco vestido pela encosta acima, com a pureza dos rios a seus pés. Nas suas estreitas ruas de branco caiadas respira-se história, alegradas por flores, cores e paz de espírito. A sua antiga história está indissociavelmente ligada a estes dois importantes rios que a banham. Outrora apelidada de “Punhete”, aqui viveram Iberos, Romanos, Visigodos e Mouros. Constância viveu muito do transporte fluvial, da construção e da reparação naval, da travessia e da pesca. A sua realidade alterou-se com a chegada do caminho-de-ferro, no século XIX, e do transporte rodoviário, em meados do século XX, e com a construção das barragens que a circundam, virando-se cada vez mais para a indústria turística. O seu rico património apresenta monumentos como a sobranceira Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, com o tecto pintado por José Malhôa, de onde se tem um idílico panorama, e outros como a Igreja da Misericórdia do século XVII, as Igrejas de Santo António e de São Julião, a Casa Memória de Camões, onde terá o Poeta vivido entre 1547 e 1550, o Pelourinho da vila, ou a Ponte Metálica sobre o rio Zêzere, importante obra de Gustavo Eiffel. Constância é afamada também pelas suas festividades, como a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Páscoa, quando a vila se enfeita de papéis coloridos, tasquinhas, e animação pelas ruas, com o ponto alto na 2a feira, quando acontece a antiga procissão de barcos ornamentados. Igualmente famosas são as "Pomonas Camonianas", que têm lugar anualmente a 10 de Junho, retratando a época medieval, prestando toda a vila homenagem a Luís de Camões.