Pari um filho, na dor das cerejeiras,
nas enxadas cansadas da terra.
Levantei-o!
Ergui-o com força nos meus pulsos...
Os gritos da multidão iam chegando,
em camisas suadas, embebidas
pelo sol nascente, pela chuva presente.
A malga da sopa sabia a sirenes triviais,
que teimosamente sancionavam a fome
em goladas de jejum quase penitente.
Pari um filho, que amadureceu em Maio
a voz de quem o pariu... com a mesma força!
CONCEIÇÃO BERNARDINO Porto
Publicado n' O DESTAK 4 de Maio 2009
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